segunda-feira, 27 de maio de 2013

A história da Nickie


Olá pessoal! Hoje vou contar a história da minha gata “Nickie”.

Sempre gostei de gatos, mesmo ouvindo que  o comportamento deles são  diferente dos de um cachorro, eles são “na deles”, que não amam o dono em si, mas sim a casa, a comida, etc.
Não me importei com isso, simplesmente queria um gatinho branco de olhos azuis de nome Nick. 
Fiz até greve, recortava fotos de gatos e saia pregando em cada canto em casa, fiz também várias pesquisas e uma cama especial pra ele.
Queria porque queria. Meus pais não achavam que era uma boa ideia,sabe aquele papo de pais?! “depois você vai ter que gastar com ração, remédio, e quando ele ficar doente?! E quando formos viajar, a onde ele vai ficar?!” mas, pra falar a verdade, tudo que falavam entrava por um ouvido e saia por outro.
Toda a família já sabia que eu queria um gatinho daquele jeito, principalmente minha prima Karina, minha cúmplice [hehehe].
Em 2010, eu estava na 8ª série e quem sentava na minha frente era minha melhor amiga Morgana. Uma certa vez ela me deu um adesivo de uma gatinha cinza de olhos verdes. Eu achei linda! Mas eu queria um macho branco de alhos azuis.
Passou um tempo, minha prima Márcia (irmã da Karina) me ligou “você quer um gatinho né? Venha aqui em casa que eu vou te dar uma gatinha” nem pensei duas vezes... O problema era convencer a  minha mãe.
Falei pra minha irmã, e ela com aquele jeitinho de caçula conseguiu com que minha mãe nos deixasse ir, mas ela não sabia de nada.
Quando eu cheguei na casa da minha prima não vi gato nenhum, a não ser o siamês Luck. Fomos a uma igreja que fica na frente da casa dela para ver os gatinhos... tinham três famintos!
Uma rajada, um preto e branco e uma cinza. Quando eu vi aquela gatinha cinza me apaixonei!
Tão pequena, de olhos azuis. Nunca vou esquecer a primeira reação dela quando eu a peguei: morder-me, bem no meu braço. Entre os três, duas fêmeas e o macho, eu a escolhi.
Trouxe-a pra casa numa caixa de sapato. Ela era minúscula, tinha sido abandonada e não tinha mais a mãe. Minha prima havia me dado uma seringa para alimenta-la. No caminho de casa as me preparava pra ouvir meus pais...
Quando cheguei, mostrei –a a minha mãe, ela quase que me matou [hahaha], com muuuito custo eu e minha irmã conseguimos convencê-la. O pior era meu pai.
Ele falou, falou, falou... disse que era pra devolvermos a gatinha. Não era isso que eu queria. Na primeira semana deixei na caminha que eu fiz no meu quarto. Ela amava sopa de fubá com frango ou leite! Comia
muito! E eu, ficava atenta a cada movimento dela, a cada defecação, tudo pra convencer os meus pais.
Conforme ela crescia foram acostumando, e eu nem tinha decidido o nome dela, apesar das listas e pesquisas em sites. Como eu queria Nick e não tinha sinal algum que ela era macho, comecei  a chama-la de Nickie.
A Nickie sempre foi sapeca, subia em cima das coisas, derrubava e achava um jeitinho de destruir minhas coisas. Todos os finais de semana ela ia me acordar com aquele miadinho  simpático,quando não conseguia, dormia comigo em cima da coberta bem nos meu pés. Perdi a conta de quantas vezes isso já aconteceu e minha mãe aparecia na porta e falava “Nickie”... Ela levantava correndo com medo da minha mãe, no fundo ela sabia que tava fazendo alguma coisa de errado [minha mãe odeia animais em cima da cama].


Um dia que eu vi meu pai brincando com ela foi a mesma sensação de quando é declarado paz em meio a uma guerra.
Gravamos vários vídeos e tiramos varias fotos! Ela, pra mim, era minha. Só minha. Ninguém poderia gritar com ela, ninguém poderia a mandar sair. Ninguém podia pegar ela, sem ser eu. [quase não sou ciumenta, neh?!]. Era prazeroso quando alguém dizia que ela era bonita e diferente por ser cinza.
Uma vez ela sumiu. Cheguei da escola e não a encontrei. Olha que ela deveria estar faminta, como sempre no almoço! Entrei em crise de desespero [que exagero]. Procurei no quarteirão inteiro e nada.
Até que uma vizinha passou na frente da minha casa e eu perguntei, ela disse que não tinha a visto. De repente, ela veio me chamar em casa, dizendo que levou um susto quando chegou em casa. Ela achou que era um rato enorme em cima do sofá,e na verdade era a Nickie.
Uma coisa que tava acontecendo com ela era o “fenômeno da liberdade”  que todo gato tem. Eles não param em um lugar fixo, sempre saem, conhecem praticamente a casa toda dos seus vizinhos, sabe o que eles comem e possivelmente o gosto (quando não roubam e trazem pra sua casa).
2010 pra mim foi ótimo, ainda mais com a responsabilidade que ela me exigia. Ela foi criada praticamente com o cachorro da minha irmã (que morreu de velhice em 2011), então, quando passava um cachorro na rua ela corria a trás sem medo! Se sentia uma cadela grande e forte. Era de se admirar.
Antes do meu avô falecer em maio de 2010, eu levei ela na casa dele, a reação dele foi de espanto, pensou que era um rato. “menina, o que você vai fazer com esse rato,hahaha”
Eu não tinha nenhuma outra responsabilidade ou necessidade de pensar sobre o meu futuro, alias, estava na oitava série, era uma criança ainda, tinha longos três anos pra me decidir sobre tudo o que eu queria.
Os anos passaram, me lembro como se fosse ontem do trabalho que tive quando a Nickie entrou no cio. Os vizinhos reclamavam do barulho dos dez gatos que estavam atrapalhando todo mundo dormir com aquela cantoria... acho que eles se sentiam o cantor da noite. Mas... pra quem ouvia era  horrível. Cheguei até prender ela, mas a força da natureza era bem maior e sempre dava um jeitinho de fugir .
A primeira ninhada dela foi maravilhosa! Sentia os gatinhos se mexendo na barriga dela [acho que estavam dançando,só pode!]. Bem no dia que ela ia parir, minha mãe estava trabalhando e  era minha primeira aula de espanhol e eu não podia faltar de nenhuma maneira.


Acompanhei o desespero para dar a luz ao primeiro, mas tive que ir. Minha irmã , que ama Medicina veterinária que a ajudou. O que mas me chamou a atenção é que uma gata normal sabe “se virar” e ela não, parecia que ia morrer quando a deixávamos sozinha na caixa, precisava ficar abanando ela pra ela se acalmar. Minha irmã tirou algumas fotos e alguns vídeos pra eu poder ver depois.
Quando eu cheguei as 17h30min, não acreditei no que estava vendo, três gatinhas: uma preta, uma branca e uma branca e cinza.
Depois do primeiro parto, a Nickie nunca foi mais aquela gata do começo. Ficava mais em casa, cuidava dos filhotes, protegia-as... era uma ótima mãe.
Depois, quando cresceram doamos, e ela ficou os primeiros dias depressiva pela falta delas.
Voltou a brincar, mas nem tanto. Era mais séria. Até que eu esqueci a vacina dela que era de seis em seis meses.
Tive filhotes de novo. Só que, ele não nasceu formado totalmente. Nasceu pré-maturo. E morreu.
Depois, no começo desse ano (17 de fevereiro de 2013), ela teve filhotes novamente. Só que dessa vez quatro, dois casais, todos pretos!
 Ela estava estranha. Até que um dia ela pegou três gatinhos e sumiu com eles, creio que deva ter levado pra outra casa, e esqueceu-se de uma fêmea. 
Agora, toda a vez que ela vê a que chamamos carinhosamente de “Neguinha” fica com uma raiva, parece uma depressão pós-parto.
Estou até com saudade da minha gata, sumiu... dificilmente encontro-a em casa, mas ela aparece.
Sempre será a minha Gatinha cinza! *--*



 








  
  



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