sexta-feira, 5 de junho de 2020

Voltando ao Primeiro Amor

Meu nome é Angélica.

Sou uma pessoa cheia de defeitos e qualidades, como uma pessoa qualquer.
Nasci em "berço evangélico", numa cidadezinha do interior de São Paulo.
Sempre fui uma criança de fé, e cheia de sonhos.
Meus pais me ensinaram a ser uma pessoa ética, comprometida, e, com um método tradicional fui crescendo até me tornar quem eu sou.
Nunca me obrigaram a seguir a religião dos meus pais, no entanto, cresci com um certo medo de decepciona-los e a Deus.
Me privei de várias "aventuras", não bebi, não fumei, sempre fui um exemplo na escola (nota 10) na igreja... Sabe aquela criança que olham e dizem "se eu tivesse uma filha, gostaria que fosse quem nem ela"? a "ela" era eu.
Era uma criança feliz, muito.
Na minha adolescência, me apeguei ainda mais com Deus. Éramos amigos... ia pra escola falando com ele, e depois mais tarde, no trabalho, no curso... Não tinha muitos amigos, apenas eu e Deus.
Contava tudo a Ele... Chorava, . Ria... Me sentia um peixe fora d'água, mas estava feliz porquê ser cristão e conhecer o amor de Deus é tão bom, que te faz preencher os vazios que só sabe que tinha quando o relacionamento com Deus está abalado.
O tempo foi passando... E só pelas postagens do meu blog, dá pra ver que eu mudei. Não sou mais aquela moça 100% sonhadora, que acreditava em finais felizes, e que sabia o que queria, e que apenas confiava e esperava no Senhor.
A vida foi me dando socos tão fortes que cheguei a cair e pensar ... "O que eu fiz de errado pra merecer isso?".
Sim, já questionei até a Deus na hora do desespero, mas acabei entendendo depois.
Depois de certos acontecimentos, senti que minha intimidade com Deus estava abalada... E que preciso "voltar ao primeiro amor", e mesmo que não tenha abandonado minha fé. As vezes quando sinto que falta algo dentro de mim... Automaticamente liga a lampada de alerta para eu confiar nas promessas de Deus novamente.
Estou agora em um novo capítulo, tentando descobrir quem é a nova Angélica, e apresentá-la o amor de Deus diariamente. Amor este que preenche todo vazio, refrigera a alma, e nos dá forças pra viver cada dia, independente do que acontecer.
Vou  continuar lutando contra o mundo, e contra a mim mesma, mas não pretendo deixar as feridas abertas  sem fazer nada pra cura-las.
 As cicatrizes vão ficar, mas, serão apenas marcas de batalha.


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