A Síndrome do Conto de Fadas

“Era uma vez... [..] e viveram felizes para sempre.”                      

Muito difícil encontrar uma pessoa que nunca assistiu ou ouviu algum conto de fadas, principalmente na infância.

São contos fictícios de um mundo encantado, com aventuras, dramas, uma madrasta ou bruxa má e uma moça bela que encontra seu príncipe encantado e enfrenta vários desafios para ficar com seu amado e viverem felizes para sempre.

Existe uma enorme variedade de historias deste gênero. Branca de Neve, Cinderela, A Bela e a Fera, a Bela Adormecida, a Pequena Sereia, Rapunzel... são poucos dos diversos sucessos conhecidos por décadas.

O contexto pode variar de um conto pra outro, mas o final comum cheio de alegrias infinitas é previsível. Eles nos fazem acreditar em um mundo onde tudo é possível e de fácil alcance, num passe de mágica.

Quem nunca se sentiu na historia depois de assistir um filme ou lido um bom livro?

O problema é que a realidade é outra, temos um final incerto. O “pra sempre” pode acabar ou simplesmente não existir.

Ainda existem varias pessoas que passaram da infância e continuaram acreditando que a vida é um mar de rosas. Ficam apenas sonhando, sonhando e sonhando, e esquecem de viver.

Sonhar nunca é demais. Mas é preciso estar com a mente nas alturas mas os pés firmados no chão, na realidade, para evitar decepções futuras que podem tirar brutalmente  a esperança e a felicidade própria.

É necessário saber que há diferenças do “mundo encantado” da nossa imaginação e do mundo real. Nem tudo ocorre como desejamos, a realidade pode ser totalmente diferente, a vida é cheia de surpresas, essa é a graça.

Não existe pessoa perfeita. Cada um tem suas qualidades e defeitos que fazem com que ela seja única. Embora raramente existam casos verídicos de belas historias de amor,não pense que o “príncipe” veio em um cavalo branco e levou-a para um castelo e viveram felizes para sempre... Não! Por mais bela que seja a forma com que cada um conhece sua metade ou por mais bela que seja a convivência entre eles existem as lutas diárias, que requerem vários fatores e características pessoais indispensáveis.

Gosto sempre de lembrar algumas características que tornam o amor um sentimento único. O apostolo Paulo em I Coríntios 13 fala claramente, e é claro, não poderia deixar de citar: 

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Quem ama aprende a conviver sofrendo, acreditando, esperando e suportando em todos os momentos. É necessário fazer alguns sacrifícios para garantir a felicidade de ambos.

Tudo nesse mundo corre o risco de acabar, por isso, devemos renova-las a cada dia. Na busca da felicidade também é assim, os motivos de hoje devem ser melhores que os de ontem e os de amanhã, melhores do que os de hoje.

Não precisa desejar uma historia como nos contos de fadas. Se elas que são escritas por homens são belas, imagina a sua que foi escrita por Deus!