quarta-feira, 26 de junho de 2013

Saudade


Imagine que cada pessoa, lugar ou coisa que você realmente ame conquiste um espaço permanente e insubstituível dentro do seu peito.  Quando você está próximo dessa pessoa, lugar ou coisa, aquele espaço se preenche com a presença, se torna repleto de convívio, está cheio de amor em exercício. Mas, quando você vai para longe, seria impossível seguir em frente carregando esses espaços vazios, não? Pois você pode viver com a falta de várias coisas, mas não daquilo que realmente ama. Por isso, automaticamente, os espaços exclusivos do peito se enchem de algo diverso, de um fluido de emergência, um recheio temporário que, sabiamente, não esquece nunca ser temporário. Um sentimento substituto e agitado, quase agoniado, que sonha logo não ser mais necessário. O peito se enche disso. De saudade.




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