Imagine que cada pessoa, lugar ou coisa que você
realmente ame conquiste um espaço permanente e insubstituível dentro do seu
peito. Quando você está próximo dessa pessoa, lugar ou coisa, aquele
espaço se preenche com a presença, se torna repleto de convívio, está cheio de
amor em exercício. Mas, quando você vai para longe, seria impossível seguir em
frente carregando esses espaços vazios, não? Pois você pode viver com a falta
de várias coisas, mas não daquilo que realmente ama. Por isso, automaticamente,
os espaços exclusivos do peito se enchem de algo diverso, de um fluido de
emergência, um recheio temporário que, sabiamente, não esquece nunca ser
temporário. Um sentimento substituto e agitado, quase agoniado, que sonha logo
não ser mais necessário. O peito se enche disso. De saudade.
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